A quadra focaliza, artisticamente, elementos essenciais de cemitérios brasileiros tombados como patrimônio cultural pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).
O Cemitério de Arez (RN) foi representado por um detalhe de seu portão tombado. O Cemitério do Batalhão (PI), por algumas sepulturas e uma árvore, destacando a beleza e a simplicidade do lugar. As sepulturas brancas à frente do fundo montanhoso são os elementos destacados do Cemitério de Santa Isabel (BA). O selo alusivo ao Cemitério da Soledade (PA) traz em detalhe a imagem de uma das muitas estátuas que ornamentam o local. O uso da cor prata dá aos selos um caráter de relíquia e preciosidade, valorizando a percepção dos cemitérios a serem preservados como patrimônio cultural. A técnica utilizada foi ilustração vetorial.
O Cemitério de Arez (RN) foi representado por um detalhe de seu portão tombado. O Cemitério do Batalhão (PI), por algumas sepulturas e uma árvore, destacando a beleza e a simplicidade do lugar. As sepulturas brancas à frente do fundo montanhoso são os elementos destacados do Cemitério de Santa Isabel (BA). O selo alusivo ao Cemitério da Soledade (PA) traz em detalhe a imagem de uma das muitas estátuas que ornamentam o local. O uso da cor prata dá aos selos um caráter de relíquia e preciosidade, valorizando a percepção dos cemitérios a serem preservados como patrimônio cultural. A técnica utilizada foi ilustração vetorial.
DETALHES TÉCNICOS
Edital nº 15 Artista: Fabio Lopez Processo de Impressão: Ofsete + cor especial Folha: 24 selos, sendo 6 de cada motivo Papel: Cuchê gomado Valor facial: R$2,00 cada selo Tiragem: 600.000, sendo 150.000 de cada motivo Área de desenho: 38mm x 38mm Dimensões do selo: 38mm x 38mm Picotagem: 11,5 x 11,5 Data de emissão: 17/8/2013 Locais de lançamento: Mucugê/BA, Arez/RN, Campo Maior/PI e Belém/PA Impressão: Casa da Moeda do Brasil Prazo de comercialização pela ECT: até 31 de dezembro de 2016 (este prazo não será considerado quando o selo/bloco for comercializado como parte integrante das coleções anuais, cartelas temáticas ou quando destinado para fins de elaboração de material promocional).
Texto descritivo do Edital
Cemitérios Brasileiros – Patrimônio Cultural
Por meio dessa emissão, os Correios apresentam cinco cemitérios tombados pelo IPHAN, sendo desta forma reconhecidos como Patrimônio Cultural Brasileiro: o Cemitério de Santa Isabel de Mucugê/BA, o Portão do Cemitério de Arez/RN, o Cemitério do Batalhão/PI e o Cemitério da Soledade/PA.
Cemitério de Santa Isabel – Mucugê/BA
O cemitério de Santa Isabel, em Mucugê/BA, foi tombado pelo IPHAN em 1980, sendo inscrito no Livro do Tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico. Está implantado na encosta rochosa da Serra do Sincorá, a noroeste da cidade. Sua construção foi iniciada em 1854 e concluída em 1886, estando o cemitério dividido em duas partes: uma plana, murada, situada sobre os terrenos de aluvião do vale onde estão as covas rasas e, a outra, construída por um conjunto de mausoléus sobre a encosta rochosa da Serra. Os mausoléus brotam da rocha nua, como a vegetação, numa integração similar às “locas” ou “tocas”, habitação dos garimpeiros que se instalaram na região. A distinção é promovida pela cor nos mausoléus, construídos em pedra e/ou tijolos, revestidos de reboco e caiados. Muitos terminaram em arcos ornamentais, coroados quase sempre por pináculos; outros tantos são miniaturas de igrejas e capelas.
Portão do cemitério de Arez/RN
O portão do cemitério de Arez/RN foi tombado pelo IPHAN em 1962, com inscrição no Livro do Tombo Histórico. A construção data de 1822 e é atribuída ao capuchinho Frei Herculano, quando viveu naquela vila. De acordo com Câmara Cascudo, é considerada a peça mais sugestiva de todo o Estado, com seus ornamentos barrocos como decoração mural e frontispício de composição simétrica com cinco divisões feitas por colunas compósitas. Na divisão central, em arco pleno e frontão em forma de sino encimado por cruz, localiza-se seu vão de acesso. Duas divisões ornadas por motivos florais ladeiam o arco e os nichos em arco pleno cercados por ornato vazam as duas divisões externas. As bases e o rodapé são marcados por motivos florais e na cornija, coroando as colunas, localizam-se pináculos em forma de lótus fechados.
Cemitério do Batalhão – Campo Maior/PI
O cemitério do Batalhão, localizado no município de Campo Maior/PI, foi tombado pelo IPHAN em 1938 e inscrito nos Livros do Tombo Histórico e das Belas Artes. Um dos mais importantes marcos da história do Piauí e da Independência do Brasil, o Cemitério do Batalhão guarda os restos mortais dos heróis da Batalha do Jenipapo, ocorrida em 13 de março de 1823, entre brasileiros armados apenas de foices, facões, espadas, espetos e velhas espingardas; e as tropas da cavalaria e infantaria do exército português, lideradas pelo Major Fidié. As sepulturas do Cemitério do Batalhão são marcadas apenas por montes de pedras soltas e uma cruz de madeira, sem inscrições ou qualquer adorno.
Cemitério da Soledade – Belém/PA
Tombado pelo IPHAN em 1964 com inscrição no Livro do Tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico. Inaugurado em 1850 em meio a epidemias, com apenas 30 anos de utilização e mais de 30.000 sepultamentos, o Cemitério da Soledade conseguiu manter características do século XIX. Ali se encontram referências artísticas e arquitetônicas e os valores da sociedade da época em seus aspectos sociais, culturais e até econômicos, uma vez que já se sentiam os efeitos do Ciclo Áureo da Borracha. Esta necrópole surgiu nos moldes dos cemitérios monumentais europeus, ocupando uma quadra inteira em bairro nobre de Belém. Sua inauguração marca o momento histórico da transferência dos enterramentos anteriormente feitos em Igrejas para um local específico para esse fim, onde ricos e pobres dividiam o mesmo solo. Apesar de atualmente não exercer função de enterramentos, as pessoas continuam cultuando as almas às segundas-feiras. O uso inadequado por parte da população nestes túmulos é um fator agravante da degradação dos elementos escultóricos, artísticos e integrados.
A homenagem aos 170 anos do Olho de boi, nesse ano de 2013, consolida a tradição de sempre evidenciar os primeiros selos brasileiros por meio de outras emissões, com o intuito de torná-lo presente nos cenários filatélicos, especialmente por seu valor histórico frente à Filatelia universal. Certamente, tal tendência prosseguirá no futuro, uma vez que essas representações são formas de afirmar a importância cultural e institucional do selo postal e da Filatelia, tanto nos seus primórdios quanto em tempos modernos.
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