terça-feira, 26 de abril de 2016

100º Aniversário da Academia Brasileira de Ciências

SOBRE O SELO
O selo apresenta, sobre um fundo branco, a logomarca do centenário da Academia Brasileira de Ciências, que sintetiza a relevância do trabalho da ABC ao longo de cem anos. Trata-se de uma composição estilizada, em verde e amarelo, com o numeral 100 justaposto à denominação da Academia. O primeiro zero, dividido verticalmente ao meio, mostra, à esquerda, o ano da fundação, 1916, e, à direita, 2016, o ano do centenário.
O conjunto remete à brasilidade, celebrando o centenário da prestigiada instituição. As legendas também foram grafadas nas cores verde e amarelo, exaltando a importância histórica e científica da entidade para o Brasil. Foram usadas as técnicas de desenho vetorial e computação gráfica.
Arte: Sandra Frias - Dimensão selo: 59 x 25 mm - Lançamento 03/05/2016
Texto descritivo do Edital
Centenário da Academia Brasileira de Ciências – ABC
Com esta emissão comemorativa, os Correios divulgam o relevante trabalho desenvolvido pela Academia Brasileira de Ciências ao longo de um século dedicado às ciências e ao Brasil.
100 anos de realizações em prol do Brasil
A Academia Brasileira de Ciências completa 100 anos no dia 3 de maio de 2016. Criada como Sociedade Brasileira de Sciencias por um grupo de cerca de 50 cientistas, dentre os quais Henrique Morize, seu primeiro presidente, Edgar Roquette-Pinto, Oswaldo Cruz e Juliano Moreira, com o objetivo principal de propiciar condições para o desenvolvimento da ciência básica.
Em seu processo de criação, a Academia e os acadêmicos estiveram envolvidos em atividades importantes para a sociedade brasileira, como a introdução da radiodifusão no país (1923), que teve como principal incentivador Roquette-Pinto, e a criação, em 1924, da Associação Brasileira de Educação (ABE).
A Academia teve atuações expressivas com relação à institucionalização da ciência no país, como a que culminou na criação do Conselho Nacional de Pesquisa (CNPq) e da Campanha Nacional de Aperfeiçoamento do Ensino Superior (Capes), em 1951. Várias instituições de pesquisa importantes tiveram sua origem no Conselho Deliberativo do CNPq, com participação da ABC. Esta teve, ainda, atuação destacada nos processos que levaram à criação da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), em 1969, e do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), em 1971. A Academia apoiou diretamente a criação do sistema de “avaliação por pares”, ampliando a participação direta da comunidade científica nos processos decisórios, de formulação e execução de políticas públicas em ciência e tecnologia.
Com 100 anos de atividade ininterrupta, a ABC conquistou grande projeção internacional, articulando-se e trabalhando em conjunto com as academias de ciências de todo o mundo. Ao longo de sua história, recebeu inúmeros cientistas renomados, muitos dos quais se tornaram membros correspondentes, dentre eles Albert Einstein, Marie Curie e outros de porte semelhante.
A ABC mantém, desde 1917, sua revista científica de caráter interdisciplinar, os Anais da Academia Brasileira de Ciências, que é a publicação cientifica mais tradicional do país. A ABC tem um papel muito importante na consolidação da pesquisa científica no Brasil. A produção científica de seus membros constitui um conjunto de trabalhos científicos de alta qualidade em diversas áreas do conhecimento. Muitos destes trabalhos resultaram em grande contribuição à Ciência, assim como em aplicações e inovações tecnológicas e sociais de alta relevância para o país.
Nas últimas décadas, a Academia tem dado importante apoio à sociedade brasileira, promovendo seminários científicos de alto nível, fomentando a colaboração regional e internacional entre cientistas e produzindo documentos que servem de base para políticas públicas em temas de grande importância para a nossa sociedade, como a Amazônia, os recursos hídricos, as doenças negligenciadas e a educação em todos os níveis de ensino.
Atualmente, a Academia se divide em dez áreas especializadas: Ciências Matemáticas, Ciências Físicas, Ciências Químicas, Ciências da Terra, Ciências Biológicas, Ciências Biomédicas, Ciências da Saúde, Ciências Agrárias, Ciências da Engenharia e Ciências Humanas. Em 2007, foram criadas seis vice-Presidências regionais: Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Centro-Oeste, Norte, Nordeste e Espírito Santo, visando descentralizar as ações da ABC e identificar talentos em todo o país.
Encerrando uma busca quase centenária de uma sede à altura de sua importância, a Academia recebeu, em 2014, três andares de um prédio histórico, doado à Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa (FAPERJ), pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro. Localizado no corredor cultural do centro do Rio de Janeiro, o edifício está sendo restaurado para se tornar, em breve, o Palácio da Ciência.
A Celebração do Centenário
Para organizar a comemoração do seu Centenário, a ABC compôs uma Comissão, formada por representantes de instituições renomadas no cenário nacional de ciência, tecnologia e inovação – CT&I, nomes muito caros à ciência brasileira. Representantes dessa Comissão supervisionaram o desenvolvimento de uma cuidadosa pesquisa histórica textual e iconográfica, para dar consistência ao conteúdo dos diversos instrumentos de divulgação do Centenário, adequados aos mais diversos públicos.
A Reunião Magna da ABC, encontro científico anual, que conta com a participação de célebres cientistas, tanto brasileiros como estrangeiros, realizada, nessa ocasião, em parceria com o Museu do Amanhã, novo e belíssimo espaço construído no Rio de Janeiro com foco em ciência, tecnologia e inovação. A Academia, desse modo, comemora esses 100 anos em grande estilo, contribuindo para a divulgação da ciência brasileira, das instituições científicas e dos cientistas brasileiros, visando o benefício da sociedade, no presente e no futuro.
Academia Brasileira de Ciências

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