sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Tatuagem - Arte na Pele

Texto descritivo do edital 23/2016 -  Tatuagem - Arte na pele - Emissão Postal Especial, veja imagens da minifolha na publicação datada de 8 de novembro de 2016.
Tatuagem – Arte na pele
A tatuagem deixou, há muito tempo, de ser apenas um desenho ou uma marca no corpo humano.
Hoje é arte na pele e, independente de modismo, é um meio do homem personalizar no corpo aquilo que ele acredita ser sua essência, registrando na linguagem universal do desenho, seus sentimentos, crenças, ideologias, seus costumes e até mesmo para cobrir imperfeições.
Carimbo Comemorativo 
  1º dia de circulação
De acordo com provas arqueológicas, existem registros de tatuagens feitas no Egito entre 4000 e 2000 a.c. e um registro bem mais antigo foi detectado no famoso Homem do Gelo, múmia de aproximadamente 5.300 anos, descoberta em 1991, nos Alpes. As linhas azuis em seu corpo podem ser o mais antigo vestígio de tatuagem já encontrado ou então, cicatrizes de algum tratamento medicinal adotado pelos povos da Idade da Pedra. Em seu corpo foram encontradas mais de 50 tatuagens que, de acordo com estudiosos, tinham significado religioso.

Um dos objetivos da tatuagem era o de permitir ao indivíduo registrar sua própria história, com fatos representativos que marcassem sua existência, carregando-a na pele em seus constantes deslocamentos. A prática se difundiu por todos os continentes, com diferentes motivações, como rituais religiosos, identificação de grupos sociais, marcação de prisioneiros e escravos (prática usual no Império Romano), demonstração de amor por alguém, ornamentação do corpo, entre outras. Os motivos temáticos expressos nas tatuagens são variados, e definidos conforme a personalidade e a linha artística dos tatuadores e o estilo de vida e as expectativas dos tatuados.
Diversas tribos indígenas brasileiras exibiam tatuagens pelo corpo. Os waujás e os kadiwéus representam alguns dos povos indígenas que utilizavam a pintura definitiva para expressar seus rituais e reverência a elementos da natureza. No ocidente, durante a Idade Média, a tatuagem caiu em desuso, proibida pela Igreja. A tradição foi retomada, em 1769, quando o navegador inglês James Cook realizou sua expedição à Polinésia, e registrou o costume em seu diário de bordo, da seguinte forma: “Homens e mulheres pintam seus corpos. Na língua deles, chamam isso de tatau. Injetam pigmento preto sob a pele de tal modo que o traço se torna indelével”.
No Brasil, a tatuagem moderna, surgiu em meados dos anos 60, introduzida pelo dinamarquês Knud Harald Lykke Gregersen, conhecido como Lucky Tattoo, considerado o primeiro tatuador profissional do País. Pela primeira vez os Correios do Brasil emitem selos focalizando tatuagens, com o objetivo de registrar, por meio da Filatelia, a maneira encontrada pelo homem de manifestar, em seu corpo, as suas preferências, as suas percepções, os seus amores, a sua religião, o seu estilo de vida e tudo o mais que possa ser expresso como uma arte na pele.

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