terça-feira, 18 de julho de 2017

Monumentos Históricos Brasileiros

SOBRE O SELO   
A emissão é composta por três selos, cada um com a imagem de um monumento que representa diferente época, estilo e região do Brasil. 
Fotos: Rodrigo Galvão (RJ), Thiago dos Santos Donga (AM)
e ChicoEmir (RS) - Data de Emissão: 11.08.2017
         No primeiro selo é mostrada a estátua de “O Laçador”, de Porto Alegre/RS, moldada em meados do século XX, representando o gaúcho típico com toda a sua indumentária. 
           O segundo selo apresenta a imagem da metade superior do monumento “Estátua Equestre de D. Pedro I”, do Rio deJaneiro/ RJ, reproduzindo a figura do imperador sobre um cavalo, acenando com a mão direita a primeira Constituição do Brasil. O trabalho, de meados do século XIX, é o primeiro monumento cívico da cidade e inaugurou o estilo romântico no País. 
          O terceiro selo focaliza detalhe do topo do “Monumento a Abertura dos Portos da Amazônia às Nações Estrangeiras”, de Manaus/AM. A obra, concluída no final do século XIX, exibe imponente e exuberante figura feminina, tendo aos seus pés a estátua do deus Mercúrio, simbolizando a indústria e o comércio. 

As imagens foram dispostas na diagonal da área do selo para ampliar a ilustração das esculturas. Foram utilizadas fotografias com técnicas de arte finalização em computação gráfica.


Monumentos Históricos Brasileiros 

Monumento é uma estrutura erigida por motivos simbólicos e/ou comemorativos. São geralmente concebidos com o duplo propósito de marcar um acontecimento importante, ou homenagear uma figura ilustre, e, simultaneamente, criar uma edificação artística que aprimorará o aspecto de uma cidade ou local. Os monumentos retratam a cultura, vivências e costumes de um povo em um determinado período de sua história. Para esta emissão foram selecionados três obras de destaque: uma do sul, outra do centro e mais uma do norte do País. Essas construções, por meio da Filatelia, representam os monumentos nacionais, pela importância memorável e reconhecida qualidade artística. 

Estátua Equestre de D. Pedro I – Rio de Janeiro

O artista João Maximiano Mafra foi o vencedor do concurso para este projeto, aberto pela Academia Imperial de Belas Artes, em 1855. A execução da obra foi realizada em Paris, por Luiz Rochet. D. Pedro II inaugurou o monumento em 30 de março de 1862, erguido no centro da Praça da Constituição (hoje Praça Tiradentes). É um bem cultural excepcional sob diversos pontos de vista. Foi o primeiro monumento cívico da cidade; uma das maiores peças de arte de bronze das Américas daquele tempo e é obra introdutora da escultura romântica no Brasil. A escultura vigorosa e movimentada de D. Pedro I se apresenta sobre cavalo, acenando com a carta constitucional de 1824. Na base as notáveis alegorias dinâmicas de quatro rios brasileiros (Amazonas, Paraná, Madeira e São Francisco) são representadas por grupos escultóricos com indígenas, animais selvagens e plantas nativas. No friso do pedestal estão os escudos das vinte províncias do Brasil, àquela época. Na face principal, junto das armas brasileiras, lê-se: “A D. Pedro I, gratidão dos brasileiros”. O embasamento de granito carioca tem 3,30m de altura, o pedestal de bronze mede 6,40m até o alto da cornija e a estátua equestre tem 6,00m de altura. (Texto adaptado do Guia de Bens Tombados da SEC-RJ/Inepac). 

O Laçador – Porto Alegre

A estátua do Laçador (ou Monumento ao Laçador) é a representação do Gaúcho
tradicionalmente vestido em trajes típicos. O autor da obra é o escultor da cidade de Pelotas, Antônio Caringi, que inspirou-se no homem campeiro, tendo como modelo o tradicionalista João Carlos D'Ávila Paixão Côrtes, gaúcho de Livramento, que posou para o artista com a sua coleção de indumentária gauchesca. Moldado no atelier de Caringi, no Rio de Janeiro, O Laçador esteve exposto no Parque Ibirapuera, no Pavilhão do Rio Grande do Sul, em 1954, durante as festividades do IV Centenário de São Paulo. Depois de ser adquirido pela prefeitura de Porto Alegre, o monumento foi instalado na entrada da Avenida Farrapos, em 20 de setembro de 1958. Foi construída em bronze, tem 4,45 m de altura, pesa 3,8 toneladas e fica em um pedestal de granito trapezoidal de 2,10 m de altura. O monumento é considerado patrimônio da cidade, pela lei complementar nº 279, de 17 de agosto de 1992, O Laçador foi tombado pela Secretaria Municipal da Cultura, de acordo com edital publicado na imprensa em 17 de julho de 2001. Em 1991, por votação popular, o monumento já havia sido eleito símbolo oficial de Porto Alegre, Em 11 de março de 2007, a estátua foi transferida para o Sítio do Laçador, a uma distância de 600 metros do seu local original. O monumento encontra-se numa elevação que recebeu a denominação de Coxilha do Laçador. (Texto adaptado de http:// zh.clicrbs.com.br/rs/noticias/almanaque-gaucho/noticia/2017/03/ conheca-a-historia-da-estatua-do-lacador-9753722.html). 

Monumento à Abertura dos Portos da Amazônia – Manaus 

O Monumento à Abertura dos Portos da Amazônia às Nações Estrangeiras está localizado no centro da praça de São Sebastião, em frente ao Teatro Amazonas. É comemorativo à Abertura dos Portos e Rios da Amazônia à Navegação Estrangeira, ocorrida em 1866. Em 1899 ergue-se o monumento, sob a supervisão e criação do artista italiano Domenico de Angelis, que na época dedicava-se à decoração do salão nobre do Teatro Amazonas, então em construção. Todo o material foi importado da Europa. O granito usado no topo e o mármore da frisa vieram da Itália. Os elementos em bronze, na forma de máscaras no estilo antigo, foram fundidos em Gênova. A estátua, ao cimo do monumento, também em bronze, realizada nos famosos ateliês de Enrico Quatrini, em Roma, é uma representação alusiva ao comércio1. Ao lado vê-se uma estátua do deus Mercúrio sentado em uma engrenagem (símbolo da Indústria e Comércio), cercado por três meninas em bronze. Na base do monumento, em cada lado, ícones simbolizam os quatro “cantos do mundo” – África, Europa, Ásia e América, cada um representado pela proa de uma embarcação, com um menino sentado e respectivas alegorias. O piso em volta do monumento, com desenhos sinuosos, posteriormente teriam inspirado as calçadas de Copacabana, na cidade do Rio de Janeiro, simboliza o encontro das águas dos rios Negro e Solimões. (Texto adaptado de “História sobre o Monumento à Abertura dos Portos em Manaus” - http://noamazonaseassim.com.br/historia-sobre-omonumento-a-abertura-dos-portos-em-manaus/ ) (1) Nota: Alguns documentos atribuem à figura feminina a representação da Amazônia, sendo cortejada pelo Deus Mercúrio. Outros a identificam como Líbera, Deusa da Liberdade.

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