terça-feira, 20 de novembro de 2018

Brasil - Luxemburgo - Laços Diplomáticos

SOBRE O SELO
Arte: Daniel Effi e Jamile Costa Sallum - 26 x 44 mm
Data emissão: 20.11.2018
A arte dessa emissão faz a representação dos laços diplomáticos entre o Brasil e Luxemburgo, ao retratar ícones de ambas as nações, monumentos presentes em diversas regiões de seus territórios. O equilíbrio diplomático é simbolizado pelo posicionamento das figuras, espelhadas nas duas orientações verticais, com as bases unidas ao centro, podendo a imagem de um país, ou do outro, ficar na parte superior. Qualquer que seja a direção, o valor facial poderá ser visualizado na lateral do selo. A cor azul, presente nas duas bandeiras, foi utilizada como fundo, significando os interesses comuns entre os dois estados. Os monumentos de Luxemburgo foram coloridos em tons de vermelho (criando uma escala laranja), e os brasileiros, em tons de verde. A arte traz, ainda, os dizeres "Brasil" e "Luxemburgo" junto a um desenho das respectivas bandeiras. A técnica utilizada foi ilustração vetorial.

Laços Diplomáticos: Brasil – Luxemburgo 

Os laços diplomáticos entre Luxemburgo e Brasil foram oficialmente estabelecidos em 1911. No
início de 1828, Guilherme I, Rei dos Países Baixos e Grão-Duque do Luxemburgo, assinaram um tratado de amizade eterna e comércio com Dom Pedro I do Brasil. Em 1º de março de 2018, a primeira embaixada luxemburguesa instalada na América do Sul foi inaugurada em Brasília por SE Jean Asselborn, Ministro das Relações Exteriores.  Tal fato reforça as relações bilaterais em todos os campos.
Nossos países têm trabalhado juntos nos foros internacionais em favor de relações entre as nações baseadas em regras, e para eliminar as barreiras comerciais, bem como para fortalecer os direitos humanos, proteger o meio ambiente, assim como muitos outros tópicos. Hoje nossa cooperação é voltada para o futuro, nos campos de alta tecnologia, pesquisa e até espacial. A partir do final da década de 1820, os imigrantes luxemburgueses instalaram-se nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, estabelecendo várias cidades pequenas; nas colinas e no vale dos sinos, não longe de Porto Alegre; nas colinas acima de Florianópolis, nos vales de Itajaí e Rio Negro, em Curitiba, entre outros lugares. Eles navegaram pelo rio Mosela e estavam entre os primeiros europeus a se estabelecerem no sul. Alguns mantiveram a sua língua, que ainda hoje ocasionalmente pode ser ouvida nos festivais regionais e nas reuniões de família, onde eles se reúnem para homenagear a coragem dos seus antepassados. No estado do Espírito Santo, fundaram a pequena vila de Luxemburgo. Hoje, dezenas de milhares de brasileiros, descendentes de imigrantes de Luxemburgo vivem em todo o país e valorizam suas raízes. Muito antes disso, alguns missionários de Luxemburgo estavam ativos no Brasil. Entre eles, João Felipe Bettendorff, superior jesuíta do Maranhão, que fundou várias estações missionárias, uma das quais foi criada em 1661 no rio Tapajós e se tornou a cidade de Santarém no Pará. Em 1698, escreveu a obra de referência para a história da Amazônia e do Nordeste; “Crônica da Missão dos Padres da Companhia de Jesus no Estado do Maranhão”. Mais recentemente, desde a década de 1920, os engenheiros e técnicos de Luxemburgo trouxeram seus conhecimentos para estabelecer a primeira fábrica moderna de aço do Brasil. Esse mesmo aço também foi usado nos edifícios icônicos de Brasília. O elo forte com Luxemburgo existe ainda hoje em Belo Horizonte, em Minas Gerais e em todo o Brasil. Muito antes do estabelecimento desta embaixada, cônsules honorários em Belo Horizonte, Porto Alegre, Rio de Janeiro e São Paulo ajudaram os luxemburgueses. Os Correios ilustraram as relações privilegiadas entre os dois países por esse selo.

 Embaixada de Luxemburgo no Brasil



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