sexta-feira, 5 de julho de 2019

Signos do Zodíaco: Câncer

Sobre o Selo

Arte: Adriana Shibata - Dimensões selo: 33 x 33 mm
Data de emissão: 21 de junho de 2019
Essa emissão traz o quarto signo do zodíaco, Câncer, e a arte do selo apresenta elementos que simbolizam esse signo. No canto inferior esquerdo, aparece seu ícone, imagem que tem origem na forma das patas de um caranguejo. Acima, duas faixas na cor cinza delimitam o espaço onde está inserido o nome do signo, tendo a seguir o intervalo de tempo governado pelo signo de Câncer. Depois, uma faixa de cor azul representa o elemento “água”, um dos regentes da natureza que caracterizam a personalidade dos nascidos nesse signo. Ao centro, a imagem de um caranguejo, que representa a Constelação de Câncer (que é o nome em latim para Caranguejo). Acima, à direita, o esquema formado pelas principais estrelas que recebem o genitivo “Cancri” em seus nomes. Foi utilizada a técnica de computação gráfica.

 Astrologia

“Não me pergunte o que o céu pode fazer por você, mas de que maneira você há de se orientar para engrandecer o Universo com sua presença”, é com essa frase que, ao longo do tempo, encontrei a maneira de indicar às pessoas que a Astrologia não é o estudo de como o céu influencia os seres humanos, mas o conhecimento que nos ajuda a entender o lugar que ocupamos no colossal organismo inteligente que chamamos de Universo.
Por meio dessa afirmação deixamos de lado o vício comum de nos eximirmos de nossas responsabilidades, pois, se não o fizéssemos, transferiríamos às virtudes e vícios dos signos do Zodíaco uma nova justificativa para afirmar que não teríamos opção sobre sermos como somos ou agirmos como agimos. Nossos signos são a indicação de qual seria nossa serventia no Universo, o que responde a esse pressentimento nosso de que deve haver um lugar para nós no Universo, chamando a isso poeticamente de “missão”. Não se engane ninguém, porém, de que talvez seria suficiente nascer para cumprir essa “missão”. Não é! É preciso ir ao encontro dela, mesmo que orientados apenas por ideias vagas e imprecisas, mas que o estudo da Astrologia pode esclarecer e ajudar a utilizar. É nessa linha de compreensão que os signos do Zodíaco se apresentarão a nós como verdadeiros portais cósmicos através dos quais se distribuem as potências cosmogônicas que concorrem para a criação, preservação e reintegração da realidade. E, assim também, as pessoas que nascem em cada um dos signos podem encontrar neste parâmetro a identidade e a orientação sobre o lugar que ocupam no Universo. Com certeza, fazendo bom uso da Astrologia, chegaremos, um dia, a pensar em nós mesmos integrados ao Universo, muito diferente do que é agora, em que essa palavra Universo parece se referir sempre a eventos muito distantes e inatingíveis. Nós somos parte integrante do Universo e a Astrologia é o caminho que conduz a entender o que isso significa e a orientar sobre o melhor uso possível dessa condição.

Câncer

Este é o signo onde acontecem os fins e, também, os novos inícios, onde os ciclos de vida se entrelaçam para determinar a continuidade. Enquanto nossa humanidade vive apreensiva pela expectativa de que tudo o que conquista terminará um dia, neste signo encontramos a prova cósmica de que, ao passo que nossa humanidade enxerga tudo acontecendo através de inícios, meios e fins, o Universo, por sua vez, trabalha com a continuidade. A eternidade é o verdadeiro destino de nossa humanidade, mas nós ainda não temos essa visão, nos apegamos ao pequeno, ao que nos faz sentir protegidos da imensidão do Universo, que enxergamos como perigosa. Por esse impulso de proteger nosso território e todas as referências o simbolizam, é que este signo é classicamente associado à família, à casa e a todas as delícias do dia a dia que representam nosso território. 

Câncer é o signo depositário de todas as tradições, para que sejam preservadas ao longo das gerações, porém, é sabido que essas não podem simplesmente ser repetidas, porque coisas que foram boas aos nossos ancestrais, não necessariamente continuariam produzindo o mesmo efeito. Por isso, é neste signo que nossa humanidade é confrontada com a perspectiva de ter de agir de forma aparentemente errada do ponto de vista das tradições, mas ao mesmo tempo ser essa a atitude certa em nome da evolução. Tradições não existiram sempre, alguém as começou em algum momento e alguém, também, em outro momento, as terá de destruir para dar lugar ao que de novo precisa ser colocado em marcha. Esses, porém, são momentos cruciais da história humana, porque na maior parte do tempo tudo precisa ser conservado e protegido, e é por isso mesmo que o signo de Câncer é mais associado ao apego ao “status quo” do que ao momento revolucionário de ruptura com o passado. 

 Todas estas explicações, evidentemente, não são vividas de forma racional e lógica pelas pessoas que nascem neste signo, mas de forma emocional, por torrentes de energia feitas sensações que parecem as carregar num destino que elas mesmas não sabem como controlar, mas que se esforçam nesse sentido. É por isso mesmo que as pessoas cancerianas parecem ser tão controladoras, mas que quando alguém as questiona sobre esse controle, elas mesmas não sabem explicar o porquê de suas atitudes. É como se uma força instintiva maior do que elas mesmas as levasse a proteger suas famílias e grupos de inimigos e adversidades que nunca ficam muito claros ou evidentes. As pessoas de Câncer, sem o saber, se tornam espelho do momento histórico em que existem e, não raramente, assumem funções de trabalho que acabam servindo ao propósito de defenderem tradições. 
Oscar Quiroga
Astrólogo, Psicólogo e Membro da Academia de Letras do DF

Fonte: Correios Edital 11

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