quarta-feira, 1 de janeiro de 2020

Relações Diplomáticas: Brasil-Finlândia - Tapeçaria

Sobre o selo
Foi nas linhas, curvas e cores vibrantes da natureza brasileira que Eila Ampula se inspirou para produzir suas conhecidas obras. Pescadores, musicistas, praias, florestas, animais e cenas do cotidiano brasileiro a inspiraram a produzir as peças. Essa bela mistura do talento finlandês com a inspiração brasileira fez com que Eila Ampula ganhasse fama internacional. A obra de Ampula feita para a Residência Oficial do Embaixador da Finlândia em Brasília em 1973 foi uma escolha natural para o selo que homenageia as relações oficias centenárias entre Finlândia e Brasil. As técnicas utilizadas foram fotografia e computação gráfica.Transcrito do edital 31 - Correios do Brasil
Dimensões do selo: 59 x 25 mm - Lançamento 3/12/2019
100 anos das relações oficiais entre Finlândia e Brasil 

 Neste ano celebramos o centenário das relações oficias entre a Finlândia e o Brasil. O país europeu se proclamou independente do Império Russo em 1917, ao qual tinha pertencido como um Grão-Ducado autônomo, com leis, parlamento, moeda e Correios próprios. Em 26 de dezembro de 1919, o Brasil reconheceu a independência da Finlândia, proclamada em 6 de dezembro de 1917. Alguns meses depois o governo brasileiro abriu o seu Consulado em Helsinki e em poucos anos ambos os países instalaram suas embaixadas nas respectivas capitais.
  
 As relações fino-brasileiras são naturalmente mais longas que 100 anos celebrados. Dom Pedro II visitou o país europeu em 1876. À época, o café brasileiro já era popular na Finlândia. Naturalistas finlandeses visitaram o Brasil no início dos anos 1800. Os finlandeses, povo que mais bebe café no mundo, ficaram felizes quando o Brasil decidiu apoiar a Finlândia na 2ª Guerra Mundial, doando 10 mil sacas de café. Entre os países existia uma linha regular de barcos que levavam café à Finlândia e traziam papel e papelão ao Brasil.


  As relações políticas se estreitaram nos anos 1980, quando começaram as visitas ministeriais. O Brasil recebeu um Presidente finlandês pela primeira vez em 1997, e a Finlândia recebeu um Presidente brasileiro pela primeira vez 10 anos depois, em 2007. A Finlândia ganhou fama no Brasil com sua tecnologia de energia, mineração e telecomunicação. Por sua vez, o Brasil ficou famoso na Finlândia por seus minerais e produtos agrícolas, além de aviões a jato. Hoje a cooperação inclui também os setores de educação, ciência e inovação. O Brasil é o maior parceiro comercial da Finlândia na América Latina. 

 Em 1929 foi fundada em Penedo/RJ a colônia finlandesa que recebeu aproximadamente 300 imigrantes ao longo dos anos. A cultura finlandesa está presente até hoje na cidade com o Clube Finlândia e as danças tradicionais, o Museu Finlandês e o parque temático Pequena Finlândia, onde fica o posto tropical do Papai Noel, original da Lapônia finlandesa.

  Entre os primeiros imigrantes, chegou a artista Eila Ampula, que desembarcou no Brasil ainda adolescente na companhia dos familiares que viam no país tropical a possibilidade de uma vida melhor. Desde criança demonstrava um dom para a arte e, já no Brasil, contou com a ajuda do artista finlandês Toivo Suni para desenvolvê-la. A pintura fluía pelas mãos da artista, mas Eila quis mais: buscou novas técnicas, descobrindo os relevos em concreto e a tapeçaria. 

 Eila Ampula faleceu em 2008, aos 92 anos de idade. Seu legado e sua obra, no entanto, continuam presentes em museus e galerias. A Embaixada da Finlândia em Brasília exibe, com muito orgulho, obras dessa artista fino-brasileira que tanto contribuiu para a arte em Penedo. As peças estão expostas na chancelaria e na sala de jantar da residência oficial do embaixador para receber - com muitas cores e beleza - os convidados e eternizar o talento dessa artista que estreitou ainda mais os laços entre Brasil e Finlândia.

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