sexta-feira, 3 de janeiro de 2020

Relações Diplomáticas: Brasil-Suíça

Sobre o Selo
A escolha da imagem do selo comemorativo dos 200 anos da presença Suíça no Brasil foi eleita pelos seguidores das redes sociais da Embaixada da Suíça no Brasil. O intuito era unir em uma imagem dois símbolos importantes das culturas suíça e brasileira. O Matterhorn e o Pão de Açúcar foi o tema com as imagens mais votadas. O imponente monte suíço com seu magnífico bosque e o morro brasileiro na baia da Guanabara foram pintados separadamente, utilizando a técnica de aquarela, assim como o céu. A montagem foi feita digitalmente, mesclando as paisagens e suas vegetações tão distintas, que se fundem numa curva sob o mesmo céu límpido e azul, conferindo unidade e equilíbrio ao conjunto. O lago suíço com os reflexos das coníferas se dissolve nas águas da baia e dois veleiros deslizam delicadamente, portando cada um a micro bandeira em vetor do seu respectivo país. Foram inseridas microletras com os respectivos nomes em cada montanha, bem como finas listras horizontais com as cores nacionais. As técnicas utilizadas foram aquarela tradicional sobre papel e computação gráfica.
Arte: Lidia Marina Hurovich Neiva - Lançamento 25 de novembro de 2019
Dimensão do selo: 59 x 25 mm
Série Relações Diplomáticas: Brasil x Suíça 200 anos da presença oficial suíça no Brasil
      A vinda de suíços para o Brasil iniciou em torno de 1817, quando suíços vieram ao Rio de Janeiro para negociar com o rei Dom João VI sobre a criação de uma colônia para imigrantes suíços.
No ano seguinte, no dia 16 de maio o rei D. João VI emitiu um decreto criando uma colônia suíça na Fazenda do Morro Queimado, no Distrito de Cantagalo, no Estado do Rio de Janeiro, para cem famílias, que receberiam cada uma, um lote de terras, uma casa, além de sementes, gado e financiamento durante os dois primeiros anos.
    E em 1819, há exatos 200 anos, oito veleiros partiram da Europa com mais de dois mil emigrantes suíços dispostos a tentar uma nova vida nas terras brasileiras. Depois de longa e penosa viagem pelo oceano Atlântico, chegaram ao Rio de Janeiro e após a travessia da Serra do Mar, fundaram uma nova história com novas colônias suíças. Desde o início, a Corte brasileira teve o interesse em integrar esta nova colônia em seu vasto território. Tanto que o rei D. João achou essencial manter as comunicações entre o Morro Queimado e o Rio de Janeiro. Para isso, por meio da decisão de 24 de janeiro de 1820, foi inaugurada uma Administração de correio no local, que seria responsável por levar e receber as cartas da capital. Os primeiros representantes oficiais da Suíça iniciaram seu trabalho no Rio de Janeiro em meados de 1820. Essa foi a primeira presença oficial do país no continente latino americano. Somente em 1938, a legação ganha uma sede na então capital com a construção da Maison Suisse. Em 1958 a representação ganha status de embaixada e posteriormente, em 1972 é transferida para a nova capital do Brasil, Brasília.
    
      Corajosos, os colonos enfrentaram desafios e deixaram um rico legado, alicerçado em dois séculos de amizade e parceria entre as duas nações. Hoje, para o Brasil, a Suíça é sinônimo de inovação, cultura, educação e cuidados com o meio ambiente, além de atração turística. E o Brasil, além de ter sido um novo lar, é um local criativo com muita diversidade cultural, ambiental e bom humor. 

      As belezas naturais da Suíça e do Brasil são duas características apreciadas pelo mundo afora. Ademais desta semelhança, ambos os países possuem dois cartões postais que são procurados por vários turistas anualmente, estes são o brasileiro Pão de Açúcar e o suíço Matterhorn. 

        O gigante Monte Cervino, mais conhecido em alemão como Matterhorn, ou Cervino em italiano e Mont Cervin em francês é uma das montanhas mais simbólicas da Suíça. Ele se situa na fronteira entre o cantão de Valais e a Itália. Este monte possui um formato de pirâmide e chega a estar a 4.478 metros acima do nível do mar. Fotógrafos buscam em todas as épocas do ano capturar as variadas cores que o monte reflete, desde o amanhecer até o fim do dia. Além de ser um dos pontos da Suíça mais fotografados, é também bastante procurado pelos alpinistas mundialmente.
       
       O Pão-de-Açúcar um dos maiores cartões postais do Brasil se situa na cidade do Rio de Janeiro. Ele é formado pelo Morro do Pão de Açúcar (que dá nome ao complexo), pelo Morro da Urca e pelo Morro da Babilônia. Entre as várias lendas e curiosidades sobre a origem do nome, há quem diga que o Pão de Açúcar é o pé de um gigante adormecido ou, que a montanha, na verdade, seria a silhueta de um ancião conhecido como Guardião da Pedra. Outros se referem aos portugueses que deram esse nome pela semelhança com a forma de barro cônica onde os blocos de açúcar eram armazenados e transportados para a Europa. Hoje, o Pão de Açúcar é um dos pontos turísticos mais visitados do Rio, tanto para o passeio de bondinho, como para quem gosta de montanhismo.

       Com essa emissão a Filatelia dos Correios homenageia àqueles que deixaram os alpes suíços para trás e vieram desbravar e recomeçar a vida nas montanhas brasileiras.

EMBAIXADA DA SUIÇA NO BRASIL 

Transcrito do edital 29, Correios do Brasil

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