SOBRE O SELO
A emissão é composta por três
selos, cada um com a imagem de um
monumento que representa diferente
época, estilo e região do Brasil.
Fotos: Rodrigo Galvão (RJ), Thiago dos Santos Donga (AM) e ChicoEmir (RS) - Data de Emissão: 11.08.2017 |
No primeiro
selo é mostrada a estátua de “O Laçador”,
de Porto Alegre/RS, moldada em meados
do século XX, representando o gaúcho
típico com toda a sua indumentária.
O
segundo selo apresenta a imagem da
metade superior do monumento “Estátua
Equestre de D. Pedro I”, do Rio deJaneiro/
RJ, reproduzindo a figura do imperador
sobre um cavalo, acenando com a mão
direita a primeira Constituição do Brasil.
O trabalho, de meados do século XIX, é
o primeiro monumento cívico da cidade
e inaugurou o estilo romântico no País.
O terceiro selo focaliza detalhe do topo
do “Monumento a Abertura dos Portos
da Amazônia às Nações Estrangeiras”,
de Manaus/AM. A obra, concluída no
final do século XIX, exibe imponente e
exuberante figura feminina, tendo aos
seus pés a estátua do deus Mercúrio,
simbolizando a indústria e o comércio.
As
imagens foram dispostas na diagonal da
área do selo para ampliar a ilustração das
esculturas. Foram utilizadas fotografias
com técnicas de arte finalização em
computação gráfica.
Monumento é uma estrutura erigida por motivos simbólicos
e/ou comemorativos. São geralmente concebidos com o
duplo propósito de marcar um acontecimento importante, ou
homenagear uma figura ilustre, e, simultaneamente, criar uma
edificação artística que aprimorará o aspecto de uma cidade ou
local. Os monumentos retratam a cultura, vivências e costumes
de um povo em um determinado período de sua história. Para
esta emissão foram selecionados três obras de destaque: uma
do sul, outra do centro e mais uma do norte do País. Essas
construções, por meio da Filatelia, representam os monumentos
nacionais, pela importância memorável e reconhecida qualidade
artística.
Estátua Equestre de D. Pedro I – Rio de Janeiro
O Laçador – Porto Alegre
A estátua do Laçador (ou Monumento ao Laçador) é a
representação do Gaúcho
tradicionalmente vestido em trajes
típicos. O autor da obra é o escultor da cidade de Pelotas, Antônio
Caringi, que inspirou-se no homem campeiro, tendo como modelo
o tradicionalista João Carlos D'Ávila Paixão Côrtes, gaúcho de
Livramento, que posou para o artista com a sua coleção de
indumentária gauchesca. Moldado no atelier de Caringi, no Rio
de Janeiro, O Laçador esteve exposto no Parque Ibirapuera, no
Pavilhão do Rio Grande do Sul, em 1954, durante as festividades do IV Centenário de São Paulo. Depois de ser adquirido pela
prefeitura de Porto Alegre, o monumento foi instalado na entrada
da Avenida Farrapos, em 20 de setembro de 1958. Foi construída
em bronze, tem 4,45 m de altura, pesa 3,8 toneladas e fica em um
pedestal de granito trapezoidal de 2,10 m de altura. O monumento
é considerado patrimônio da cidade, pela lei complementar
nº 279, de 17 de agosto de 1992, O Laçador foi tombado pela
Secretaria Municipal da Cultura, de acordo com edital publicado
na imprensa em 17 de julho de 2001. Em 1991, por votação
popular, o monumento já havia sido eleito símbolo oficial de Porto
Alegre, Em 11 de março de 2007, a estátua foi transferida para
o Sítio do Laçador, a uma distância de 600 metros do seu local
original. O monumento encontra-se numa elevação que recebeu
a denominação de Coxilha do Laçador. (Texto adaptado de http://
zh.clicrbs.com.br/rs/noticias/almanaque-gaucho/noticia/2017/03/
conheca-a-historia-da-estatua-do-lacador-9753722.html).
Monumento à Abertura dos Portos da Amazônia – Manaus
O Monumento à Abertura dos Portos da Amazônia às Nações
Estrangeiras está localizado no centro da praça de São Sebastião,
em frente ao Teatro Amazonas. É comemorativo à Abertura dos
Portos e Rios da Amazônia à Navegação Estrangeira, ocorrida
em 1866. Em 1899 ergue-se o monumento, sob a supervisão e
criação do artista italiano Domenico de Angelis, que na época
dedicava-se à decoração do salão nobre do Teatro Amazonas,
então em construção. Todo o material foi importado da Europa.
O granito usado no topo e o mármore da frisa vieram da Itália.
Os elementos em bronze, na forma de máscaras no estilo antigo,
foram fundidos em Gênova. A estátua, ao cimo do monumento,
também em bronze, realizada nos famosos ateliês de Enrico
Quatrini, em Roma, é uma representação alusiva ao comércio1.
Ao lado vê-se uma estátua do deus Mercúrio sentado em uma
engrenagem (símbolo da Indústria e Comércio), cercado por três
meninas em bronze. Na base do monumento, em cada lado, ícones
simbolizam os quatro “cantos do mundo” – África, Europa, Ásia e
América, cada um representado pela proa de uma embarcação,
com um menino sentado e respectivas alegorias. O piso em volta
do monumento, com desenhos sinuosos, posteriormente teriam
inspirado as calçadas de Copacabana, na cidade do Rio de Janeiro,
simboliza o encontro das águas dos rios Negro e Solimões. (Texto
adaptado de “História sobre o Monumento à Abertura dos Portos
em Manaus” - http://noamazonaseassim.com.br/historia-sobre-omonumento-a-abertura-dos-portos-em-manaus/
)
(1) Nota: Alguns documentos atribuem à figura feminina a representação da
Amazônia, sendo cortejada pelo Deus Mercúrio. Outros a identificam como
Líbera, Deusa da Liberdade.
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