sexta-feira, 7 de fevereiro de 2020

Instalação da Imprensa Nacional - Parte I

Para celebrar o ducentésimo aniversário de fundação da Imprensa Nacional, ano de 2008, a Loteria Federal da Caixa emitiu bilhete lotérico comemorativo, extração 4242, formado por 10 frações diferenciadas.

Nesta edição, elencamos três das dez frações lotéricas que registram momentos históricos da criação e instalação da Imprensa Régia, no Brasil.

O INÍCIO
Antes de 1808, o Reino de Portugal por motivos ideológicos, não permitia que suas colônias mantivessem serviços de tipografia,  a intenção era o de manter contida a propagação de ideias consideradas revolucionárias na colônia.

A criação da Imprensa Nacional teve o seu despertar com o início da fuga da corte real de Portugal para o Brasil, sua mais rica colônia, no começo do século XIX, em razão da iminente invasão das forças de Napoleão Bonaparte.

Dentre as atividades para a repentina viagem da comitiva real, ficou a cargo de Antonio Araújo, futuro Conde da Barca, o embarque do material tipográfico no porão do navio Medusa [1], nau da esquadra portuguesa. Importante ressaltar que o Conde da Barca intercedeu junto a D. João VI para elevação do Brasil à condição de Reino Unido junto a Portugal e Algarves, em 1815.

[1] Nau Medusa - Embarcação  da esquadra portuguesa que veio com 
família real em 1808 para  o Brasil. Esta nau transportou  as  duas primeiras
impressoras que deram início a Imprensa no Brasil.
Essas impressoras, ao chegarem ao Rio de Janeiro foram instaladas nos baixos da casa de Antonio Araújo [2], à Rua do Barbonos, dando início aos serviços tipográficos no Brasil. 
[2] Casa do Conde da Barca - Primeira sede da Impressão Régia, em 1808.
Esta casa pertencia ao Conde da Barca. Foto de meados do século XIX
Com a chegada da Corte, no novo continente, algumas providências para reorganização dos serviços imperiais se fizeram necessárias, uma delas foi à criação da Imprensa Régia, decreto de 13 de maio de 1808, assinado pelo Príncipe-regente Dom João de Bragança (futuro Dom João VI). Na elaboração desse Ato Real teve participação efetiva do Conde de Linhares, Dom Rodrigo de Sousa Coutinho [3], referendário do decreto de criação.
[3] Conde de Linhares, Dom Rodrigo de Souza Coutinho (pintura)

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