sexta-feira, 7 de agosto de 2020

Crianças enviadas pelo correio

History Channel
A criação do serviço de encomendas no início do século XX nos EUA teve uma consequência surpreendente: pais enviaram filhos pelo correio.

Crédito / National Postal Museum
Enviar bebês e crianças pelo correio como uma encomenda aos avós ou outros parentes era muito mais barato para os pais do que pagar uma viagem de trem. Não tardou muito e algumas histórias começaram a pipocar nos jornais da época, com crianças com endereços do remetente e destinatário costurados na roupa.

Este foi o caso de um casal de Ohio, chamado Jesse e Mathilda Beagle, que enviou o filho de 8 meses de idade para a avó, que vivia a apenas alguns quilômetros de distância, em Batavia. A entrega do bebê custou apenas 15 centavos em selos aos seus pais, que também fizeram um seguro de US$ 50 pela encomenda. A história ganhou os jornais e não seria a única.

Crédito / National Postal Museum
Um caso famoso ocorreu em 19 de fevereiro de 1914, quando uma menina de quatro anos, Charlotte Maio Pierstorff, foi enviada de trem de sua casa em Grangeville, Idaho, aos avós, a cerca de 120 quilômetros. Sua história ficou tão lendária que foi transformada no conto infantil "Mailing May".

Finalmente, em 14 de junho de 1913, vários jornais, incluindo o Washington Post, o New York Times e o Los Angeles Times publicaram em suas páginas que crianças não poderiam mais ser enviadas pelo correio.

Matéria transcrita do Boletim AFNB n° 95 Jan/Jun2020

2 comentários:

  1. Incrível......... nunca imaginei tal serviço de postagem.......

    ResponderExcluir
  2. Fiquei impressionado quando li isso. Cada ação à sua época, imagina uma coisa dessa hoje, inimaginável.

    ResponderExcluir