Sobre o selo
O selo apresenta, em primeiro
plano, um desenho do busto do
maestro com sua farda. Ao fundo
temos um trecho da partitura
da valsa de sua autoria “Royal
Cinema”. Na parte inferior direita
está uma ilustração do seu
instrumento musical favorito, o
bombardino (também conhecido
como eufônio), juntamente
com o nome Maestro Tonheca
Dantas. Foram usadas técnicas de
ilustração manual e computação
gráfica.
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Data emissão: 13.06.2021 - Dimensão selo: 30 x 40mm Ilust.: Francisco Iran - Foto: Evaldo Gomes - Arte-finalização: Jamile C. Sallum |
MAESTRO TONHECA DANTAS (transcrito do edital Correios 5/21)
A 13 de junho de 1871, veio à luz da vida, no lugar Carnaúba de
Baixo (depois Carnaúba dos Dantas), então pertencente ao Município
de Acari, na região do Seridó do Rio Grande do Norte, um garoto
que recebeu o nome de Antônio, em cumprimento à tradição luso espanhola de reverência ao santo do dia. Antônio Pedro Dantas, por
completo, apelidado Tonheca.
Filho do Tenente-Coronel João José Dantas e da escrava alforriada
Vicência Maria do Espírito Santo, que foi tomada por esposa do seu
antigo dono e de quem teve oito filhos. Tonheca gozou da infância
comum aos garotos da povoação, mas com um traço distintivo: o
precoce gosto pela música, acompanhando os irmãos mais velhos,
que integravam a filarmônica local. Avançando nos anos, de forma
autodidata e intuitiva, passou a tocar em todos os instrumentos
da banda, o que estimulou o seu deslocamento para a Capital do
Estado, em 1898, onde foi acolhido no corpo de músicos do Batalhão
de Segurança da província, equivalente à atual Polícia Militar.
Registra-se curioso fato quando da sua seleção para ingressar como
músico militar: tocou em todos os instrumentos disponíveis na sala,
executando com perfeição a partitura que lhe foi oferecida, o que lhe
valeu a assunção da maestria da orquestra, sem passar pelos outros
degraus da carreira.
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Muitas outras composições de Tonheca Dantas conseguiram o acatamento das mais primorosas orquestras, a exemplo das valsas “Delírio” e “A desfolhar saudades”, da suíte “Melodia do Bosque” e dos dobrados “Tenente José Paulino”, “Embaixador na Paraíba” e “Correio do Norte”.
Tonheca Dantas faleceu em Natal, a 07 de fevereiro de 1940.
O reconhecimento da importância de Tonheca Dantas na história
musical brasileira está marcado pela aposição do seu nome a uma
sala no Teatro Alberto Maranhão e pelo patronato da cadeira 33
da Academia Norte-rio-grandense de Letras, instituição que tem o
orgulho de apresentar este edital, à ocasião do lançamento do selo
postal celebrativo do sesquicentenário de nascimento do grande
músico e compositor.
Diógenes da Cunha Lima
Presidente da Academia Norte-rio-grandense de Letras
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