segunda-feira, 10 de janeiro de 2022

Monumento do Ypiranga - Reverso da cédula 50$000

A autoria dessa matéria é de Márcio R. Sandoval - escritor, numismata e associado AFNB, suas publicações podem ser vistas em seu blog "Sterling Numismática". A matéria transcrita foi postada pelo autor em seu site em 17.08.2008. Agradecemos o autor por autorizar transcrições do seu blog. 

 No reverso da cédula de 50 mil réis da 17ª estampa do Tesouro Nacional (P.130; P.59), impressa pela empresa inglesa Waterlow & Sons Limited em 1936, temos o monumento que fora erguido alguns anos antes, mais precisamente em 1922, na ocasião do primeiro centenário da Independência do Brasil.

Cédula de 50$000 réis (specimen) da 17ª estampa (R.130s; P.59) ; no anverso temos a efígie de Joaquim Xavier da Silveira Júnior (Ex-Prefeito do Distrito Federal e no reverso o Monumento do Ipiranga. (Cédula reproduzida a partir da Iconografia do Meio Circulante. Brasília: Banco Central do Brasil, 1972, n° 114, p.82).

 Monumento de linhas neoclássicas que na época gerou grande polêmica. Por volta de 1919 resolveu-se erguer o dito monumento na colina histórica realizando-se um concurso internacional sobressaindo ao final os nomes de dois candidatos: Ettore Ximenes e Nicola Rolo, ambos italianos.

 O primeiro, velho artista clássico; o segundo, moço e impetuoso, amante dos bons vinhos e das mulheres bonitas. O temperamento de ambos vinha expresso nos respectivos projetos. Os conservadores batiam-se por Ximenes, os espíritos jovens batiam-se por Rolo, entre eles Monteiro Lobato. 

A comissão de julgamento nomeada pelo Governo, composta de gente sisuda, arrepiou-se ante as audácias de Nicola Rola e Ximenes ganhou a partida. Ergueu-se, assim, um monumento de granito e bronze para marcar o local em que D. Pedro I, de viagem para São Paulo, fora alcançado pelo correio e por ele recebera notícias pouco agradáveis do Reino. Era preciso seguir o conselho paterno "Põe a coroa do Brasil na tua cabeça, antes que algum aventureiro lance mão dela" dissera-lhe D. João VI, já de volta a Lisboa ou as ordens da imperatriz Dona Leopoldina, mas isto já é outra história...                            #colecionismo #numismática

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